quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Honda Civic Si x VW Jetta TSI

O Si se prepara para sair de campo, enquanto o Jetta acaba de entrar no jogo: prepare-se para um clássico histórico
Por Gustavo Henrique Ruffo / Revista Quatro Rodas, maio 2011
Honda Civic Si e VW Jetta TSI representam o lado B de cordatos sedãs familiares. Ambos com motores 2.0 e cerca de 200 cv, eles usam pneus Michelin de medidas muito próximas, mas há grandes diferenças entre eles. A começar pela forma com que se apresentam. Enquanto o Honda Civic Si, lançado em 2007, não esconde suas intenções esportivas, o recémchegado VW Jetta TSI é discreto em relação a seus dotes. Ambos têm câmbio de seis marchas, mas o Honda usa uma caixa manual, enquanto o VW tira partido do sistema automatizado com dupla embreagem. As diferenças continuam no tempero forte que cada um adota: turbocompressor, no Jetta, e comando variável de válvulas, no Civic.

Vamos ao ponto que toca os corações de espírito esportivo: quem anda mais numa pista? Para descobrir, chamamos o piloto Giuliano Losacco, bicampeão da Stock Car em 2004 e 2005, e pedimos ao ECPA (Esporte Clube Piracicabano de Automobilismo) que nos cedesse seu autódromo. O Civic Si vai de 0 a 100 km/h em 7,9 segundos e tem máxima de 207,1 km/h. O Jetta TSI sai da imobilidade aos 100 km/h em 7,1 segundos. Segundo a fábrica, atinge 238 km/h. Diante desses números, em qual deles você apostaria?
O Jetta TSI é maior (4,64 metros, contra 4,49 do Honda) e aparentemente bem mais pesado que o Civic. Mas, na balança, são só 24 kg a mais (1 346 kg, ante 1 322). Seu entre-eixos é menor (2,65 metros, contra os 2,70 do Civic), mas em medidas internas o carro não deixa muito a desejar em relação ao concorrente. Acomoda bem cinco adultos, mesmo os de trás. Com bancos de couro, o Jetta também transmite mais requinte, ainda que seus bancos dianteiros não acomodem tão bem quanto os do Civic. No porta-malas, a diferença a favor do VW é enorme: 510 contra 340 litros do Civic. Mas vamos voltar ao ponto nervoso da reportagem, que é o que Losacco nos ajudou a avaliar.

Tanques abastecidos, pneus calibrados e equipamento de medição instalado. Vale lembrar que o Vbox, que nos permite aferir a velocidade real do carro e que registra os números dos diversos ensaios, foi mais exigido neste teste: ele nos forneceu também o trajeto, a aceleração lateral, o tempo e as distâncias percorridas em cada trecho da pista. Também instalamos câmeras nos carros, para registrar os movimentos e comentários de Losacco no trajeto - isso você pode conferir em nossa versão para o iPad, que estreia com esta edição.

O Jetta foi o primeiro a entrar na pista. Antes mesmo de colocar o capacete, já ao volante, o piloto disparou: "Onde eu desligo o controle de tração?" Isso não é possível, ao contrário do que acontecia no modelo antigo. "Sem poder desligar esse controle, terei uma tocada mais tranquila para andar rápido com ele. Isso evita que os controles eletrônicos interfiram. Na pista ele atrapalha, mas nas ruas é bem legal", disse Losacco.

No circuito, ficava evidente que o piloto adiantava a freada, de leve e várias vezes, antes de entrar na primeira curva do traçado. Tudo para chegar ali na velocidade certa. Se freasse forte, o ABS entraria em ação. Se entrasse rápido, faria o ESP travar uma ou duas rodas ou cortar a potência. Para o dispositivo, vale tudo para manter o Jetta na linha. Foram seis voltas: duas para sentir o carro e duas para tirar um bom tempo. Em sua melhor passagem, os 2,1 km de pista foram percorridos pelo Jetta TSI em 1 minuto, 20 segundos e 79 centésimos.

Quando saiu do carro, cujos discos de freio fumegavam (a temperatura chegou a 500 ºC, em uma medição que fizemos), Losacco trazia um sorriso no rosto. "O motor é fantástico! Responde superbem. O câmbio também. Se fosse destinado às pistas, eu só colocaria borboletas de troca de marcha maiores. Essas são pequenas, é difícil encontrá-las em uma tocada mais forte", disse o piloto, referindo-se ao sistema de trocas manuais de marchas. Apesar de no DSG as trocas serem automáticas e mais rápidas do que qualquer piloto, por melhor que seja, poderia executar, Losacco preferiu manter o controle. "Também me surpreendi com os freios", disse ele, apontando para a roda dianteira direita, quase toda preenchida pelo disco de freio ventilado de 312 mm de diâmetro. Fumegante, mas funcional. Enquanto preparávamos o Civic Si, Losacco também elogiou a posição de dirigir do carro. "Para andar na cidade, no dia a dia, ele é uma opção bem interessante."

Na hora de assumir o Honda, Losacco pôde desligar o VSA (Vehicle Stability Assist), controle de tração e estabilidade da Honda. Na pista, todas as quatro voltas foram para tirar o melhor tempo. E o piloto foi exatamente 1 segundo mais rápido do que foi com o Jetta, ou seja, fechou o trajeto em 1 minuto, 19 segundos e 79 centésimos.

A chegada lembrou a do Jetta, com os discos também fumegantes, mas trouxe um piloto ainda mais entusiasmado. "Para a pista, este é o carro. Você freia lá no ‘deus-me-livre’ e aponta a frente para onde quiser. Ele obedece. Tem marchas curtas, para explorar bem o motor, que não é tão forte em baixa como o do Jetta. O ABS dele não entra, ou melhor, entra, mas permite um limite muito mais alto, que não interfere na condução. Por ser dócil, aceita mais desaforo", disse Losacco.

Se pudesse ter seu controle de tração desligado, o Jetta teria se saído melhor? É possível, mas não provável. "A suspensão do Jetta é mais voltada para conforto. A do Civic é firme, o que torna seu comportamento mais previsível", disse o piloto. Era nítido que o VW sentia mais os solavancos. O Civic, nos mesmos trechos, balançava bem menos.

Na prática, o Civic Si se dá melhor na pista. Se você tem intenções além do circuito trabalho-casa-escola, esse é o carro, como diria Losacco. Por pouco tempo: ele sai de linha com a nova geração do carro, prevista para este ano. Além de rápido, ele é sério candidato a colecionável. Mas é preciso mais que arrojo para investir 101 000 reais, preço de mercado (103 650 reais, na tabela), em um modelo de vida curta. Com três anos de garantia.

O Jetta TSI é mais rápido, mais veloz, mais espaçoso e mais barato: sai por 89 520 reais. Pode não ganhar na pista ou na garantia, de um ano, mas leva a melhor em tantos outros aspectos que ele talvez ajude os fãs do Honda a não sentir tanto a falta dele quando o Si se despedir.



ASPIRADO x TURBO
Com 2 litros de capacidade cúbica, o motor do Civic Si e o do Jetta TSI têm potências também muito próximas, algo que pode causar estranheza a quem sabe que o motor do Jetta usa turbo. Isso se explica porque, apesar de não ser turbinado, o motor do Civic Si tem comando variável de válvulas que permite a ele girar mais alto que motores comuns (sua faixa vermelha começa em 9 000 rpm). Motor que gira mais gera mais potência, como se vê nos V8 2.4 de Fórmula 1, que chegam a 18 000 rpm e geram aproximadamente 720 cv.


JETTA TSI

DIREÇÃO, FREIO E SUSPENSÃO
Voltado a conforto, o Jetta TSI tem direção mais lenta e suspensão mais suave que a do Civic. Foi o que o prejudicou na pista. ★★★★
MOTOR E CÂMBIO Se dependesse só de seu trem de força, o Volks teria levado a melhor, especialmente por causa de seu câmbio DSG, automatizado de dupla embreagem.
★★★★
CARROCERIA Recente, a nova geração do Jetta é atual e é a primeira a se dissociar da imagem do Golf.
★★★★
VIDA A BORDO Não há do que reclamar no interior do Jetta, a não ser, talvez, de ele ser menos sofisticado que seu antecessor.
★★★★
SEGURANÇA Com seis airbags, ABS e ESP, o Jetta cuida bem de seus ocupantes.
★★★★
SEU BOLSO Pouco mais de 10 000 reais mais barato que o Civic Si, o Jetta é maior e mais completo. Mas bem que poderia ter uma garantia mais extensa.

CIVIC Si

DIREÇÃO, FREIO E SUSPENSÃO
Eles é que fizeram a diferença na pista a favor do Honda, além da possibilidade de desligar o VSA - sem torná-lo incontrolável. ★★★★
MOTOR E CÂMBIO Que dizer de um motor aspirado quase tão forte quanto um turbo do mesmo tamanho? E de um câmbio de engates tão convidativos? Quem conhece adora.
★★★★
CARROCERIA O estilo continua atraente, mas está datado. E morre este ano.
★★★★
VIDA A BORDO Tem excelente espaço interno, mas peca pelo tamanho de seu porta-malas, menor que o de muitos hatchbacks.
★★★★
SEGURANÇA Com todos os sistemas de prevenção e proteção em caso de acidentes, o Si só fica devendo airbags de cortina.
★★★★
SEU BOLSO Se custasse menos, em seus tempos áureos, o Si seria mais visto nas ruas. A raridade o torna mais propenso a se tornar item de coleção.

VEREDICTO DA REVISTA
O Jetta é mais veloz e mais rápido do que o Civic. Só não consegue levar isso para a pista por conta do controle de tração (que não desliga) e pela suspensão mais macia. Em quase todo o resto o Volkswagen leva vantagem, o que mostra que o Civic Si vai deixar saudade, sim, mas que ela pode ser compensada. Pagando menos.

'Pôneis Malditos', da Nissan, será investigada pelo Conar

Campanha que virou hit na internet recebeu cerca de 30 reclamações
Por Cris Simon, de Exame.com | 04/08/2011
 
"Pôneis Malditos", a sarcástica campanha da Nissan que estreou na última sexta-feira (29) na internet e, em seguida, na TV, será investigada pelo Conar, o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária.
Com cerca de 30 denúncias vindas de diferentes partes do Brasil, o comercial será analisado pelo órgão por fazer a associação de figuras infantis - no caso, os pôneis em desenho animado - com a palavra "malditos".
Após a abertura do processo, que aconteceu na tarde de ontem, o próximo passo é a nomeação de um relator que estudará as denúncias, o que deve acontecer na tarde de hoje, de acordo com o Conar.
Caso o relator escolhido de manifeste sobre a concessão de uma medida liminar, o comercial deverá sair do ar até que o processo seja julgado. O julgamento, segundo o Conar, ocorre em torno de 30 dias.
Com mais de 5 milhões de visualizações no Youtube, a campanha permaneceu no topo dos trending topics do Twitter durante dois dias inteiros no Brasil. No ranking global, o termo "pôneis malditos" também emplacou rapidamente.
Criado pela Lew’Lara/TBWA, agência de publicidade da Nissan, o filme faz uma sátira à potência dos motores rivais da montadora, comparando-os aos animaizinhos. Por fim, o comercial apresenta a maldição: "É o seguinte, se você não passar esse vídeo agora para 10 pessoas, você vai sofrer a maldição do pônei: você vai ficar o resto da vida com essa música na cabeça". A partir daí, o grudento jingle ganha vida e invade as redes sociais, virando hit.

Veja o video divulgado na internet:

Linha VW I-Motion Destaque Revista “Quatro Rodas”

Matéria: “Mudança de Hábito”  - O Consumidor já pode escolher a transmissão de seu hatchback
Em comparativo de hatches automatizados e automáticos, realizado pela conceituada Revista automotiva “Quatro Rodas” – Edição AGOSTO 2011, os veículos da Volkswagen foram destaque com o Gol I-Motion ficando em 1º lugar e o Fox I-Motion em 2º, superando o novo Renault Sandero automático e o Fiat Palio Dualogic.
As versões I-Motion do Gol e do Fox levaram a melhor no comparativo por terem o melhor conjunto e também a melhor performance tanto nas trocas suaves de marchas quanto no desempenho e consumo de combustível do veículo. E ainda são os únicos modelos a disponibilizarem a opção de trocas de marchas manuais através de comandos no volante, agradando aqueles motoristas que desejam ter reações ainda mais rápidas.
A revista também ressalta as vantagens dos sistemas automatizados em relação aos sistemas automáticos como o preço inferior, menor custo de manutenção e menor comprometimento do desempenho e consumo de combustível do veículo. Vantagens importantes para o segmento de veículos compactos.


Highlights do comparativo
Gol Power I-Motion  (vencedor do comparativo)
ü   O ponto forte do câmbio são as mudanças de marchas sem trancos
ü   Na comparação com o Renault Sandero foi mais rápido e mais econômino
ü   Na comparação com o Fiat Palio Dualogic executa as mudanças de marcha com mais suavidade
Veredito Final da Revista

“O destaque fica com os modelos VW, equipados com câmbios equilibrados e donos de trocas suaves”



Benefícios da Linha VW I-Motion (Gol/ Voyage/ Fox/ SpaceFox/ Polo)
ü  Transmissão automatizada ou mecânica a qualquer instante
ü  Opção manual de troca de marchas (na alavanca ou no volante)
ü  Menor tempo e maior suavidade nas trocas de marchas
ü  Função “Kick Down” (maior segurança nas ultrapassagens)
ü  Opção de condução esportiva (tecla “S” -  Sport)
ü  Comandos de troca de marchas no volante (“Shift paddles”)
ü  Preço acessível – menor que a automática convencional
ü  Peso otimizado em relação à transmissão automática (apenas 8 kg adicionais)
ü  Informações de marchas e alertas para o condutor no display do painel de instrumentos
ü  Menor custo de manutenção (a maioria dos componentes são comuns ao câmbio mecânico)

Montadoras terão redução de IPI até 2016, confirma governo

Medida faz parte de pacote para deixar indústria nacional mais competitiva.
Já no setor de cigarros, governo anunciou medida para elevar impostos.


A Receita Federal informou nesta quarta-feira (3) que os fabricantes de veículos que tiverem instalações no Brasil terão redução do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) até julho de 2016. A medida faz parte do pacote de estímulo à competitividade anunciado na última terça (2) pelo governo federal e foi publicada no Diário Oficial da União nesta quarta.
Não haverá redução imediata da tributação, de acordo com nota oficial divulgada pelo governo na noite desta quarta. "A Medida Provisória 540 autoriza o incentivo tributário para produção e não para o consumidor e será com base em critérios ainda não definidos que estão sendo discutidos entre o governo e o setor. O percentual das alíquotas e as contrapartidas ainda serão definidos."
Indústria de veículos no Brasil é até 60% menos competitiva, diz Anfavea Denatran limita número de veículos importados por independentes. A MP englobará, além de automóveis, a fabricação de tratores, ônibus, caminhões e veículos comerciais leves, entre outros. Entre  2008 e 2010, para estimular o consumo, o governo reduziu as alíquotas do IPI de veículos novos e outros produtos, levando a um recorde de vendas no setor automobilístico. A intenção agora é tornar a indústria nacional mais competitiva.
"O objetivo é melhorar a competitividade do parque nacional e incentivar a produção no país. O produto de um importador independente, que não está instalado no Brasil, não vai ser beneficiado pela medida. Uma empresa que esteja só importando não vai se beneficiar, porque não vai atender aos requisitos da medida", disse o coordenador-geral de Tributação da Receita Federal, Fernando Mombelli.

Alexandro Martello                                                                      
Do G1, em Brasília (http://www.g1.globo.com/)