sexta-feira, 26 de julho de 2013

VW Fox Bluemotion usa 3-cilindros para cravar 20 km/l de gasolina

Eugênio Augusto Brito
Do UOL, em São Paulo (SP) 25/07/201317h34


De fato, o Brasil está mudando. E não falamos aqui sobre a consciência política (desperta ou não) da população, mas dos primeiros efeitos do regime automotivo nacional (Inovar-Auto) que determina, entre outros pontos ainda nebulosos, que carros feitos e vendidos no país deverão ser mais eficientes até 2017: poluir em menor escala e consumir menos combustível.
Usar injeção direta ou sobre alimentação por turbo para compensar a menor capacidade de motores e ampliar os ganhos é algo consagrado: o motor 1.4 turbo usado pelo Audi A1 (compacto que pode ter preços batendo nos R$ 100 mil) é capaz de fazer quase 20 km/l de gasolina. Na Europa, a nova geração do Golf tem uma de sua opções, com motor a diesel, prometendo rodar mais de 30 km para cada litro de combustível gasto. Mas falar de carros no Brasil implica abordar modelos compactos, com menor grau de requinte. Um dia chegaremos lá, mas a busca por maior eficiência tem de ser simplificada, sem perder o objetivo: odownsizing popular tira o tradicional 4-cilindros em linha, para entrada em cena do 3-cilindros. Bloco de alumínio, componentes plásticos e comandos variáveis ajudam a ser menor, mais leve e menos ruidoso.
Há também a determinante lei do mercado e de sua engrenagem maior: a concorrência. Marcas grandes já tinham seus projetos de motores menores em desenvolvimento há algum tempo, mas nenhuma se dispôs a se "indispor" com o público. No Brasil conservador, ser menor ainda é ser menos: o brasileiro compra carro por número e quer potência. No fim, as ousadas coreanas quebraram o ciclo com seus pequenos Kia Picanto (1.0 de 77/80 cavalos com gasolina/etanol, lançado no final de 2011) e Hyundai HB20 (com o mesmo motor nas versões iniciais).

SIM, É O MOTOR DO UP. COMO ANDA O 3-CILINDROS
Primeiro é preciso deixar o preconceito guardado num canto qualquer da garagem -- ou da concessionária -- antes de se acelerar um 1.0 3-cilindros. Não adianta buscar o DKW do tio-avô na memória, lembrar de moto 2-cilindros... nada disso corresponde à realidade e você só vai estar rindo (sozinho) de suas limitações. Também não adianta fingir ter bola de cristal e dizer se o motor será bem sucedido ao longo de sua vida útil, algo que só o tempo dirá e não este teste curto. O certo é que, assim como Picanto e HB20, o Fox Bluemotion tem um motor atual, estável e por isso anda tranquilo, sem pular, nem sacolejar; e sem encher o ambiente de fumaça preta ou coisa semelhante.
Seguindo todas, e com gasolina no tanque (combustível cedido pela marca para o teste), conseguimos encerrar a semana (cerca de 300 km) com a melhor média de consumo na casa dos 20 km/l. A média é bem melhor àquela indicada pela própria Volks em seus números oficiais (repassados ao Inmetro), mostrando que dosar o pé (sem cortar no uso de ar condicionado e outros mimos, por exemplo) é a saída.


















Porteira aberta, é a vez das gigantes pisarem neste novo território. A primeira é a Volkswagen, que lançou seu motor 1.0 de três cilindros há exatamente um mês. Mas com toda prudência do mundo: na Europa, o menor motor da família EA-211 (essa mesma linha inclui ainda os motores de Audi A1 e Golf citados acima) roda há pelo menos uma temporada no pequenino Up (que UOL Carros já testou). Por aqui, após ensiná-lo a usar também etanol, os alemães acharam melhor colocá-lo num "período de experiência" a bordo de um carro já conhecido pelo público, o altinho Fox. O Up brasileiro vem mais tarde, este ano ainda.
Chamado pela marca de Fox Bluemotion 2014, o Fox 3-cilindros tem detalhes já conhecidos: preço inicial de R$ 32.590 na carroceria de duas portas (mais caro que o Fox 1.0 4-cilindros, que parte de R$ 31.840), potência de 75/82 cv e 9,7/10,4 kgfm de torque para gasolina/etanol -- veja mais detalhes sobre o carro em nosso texto de lançamento. Mas resta a dúvida sobre como ele se comporta.
Mas como os rivais, é um carro para pessoas com pouca demanda por espaço, maior disposição em economizar e menos vontade de pisar fundo. Suavidade de estilo se estende ao ruído percebido, menor até do que a bordo do HB20 e, principalmente, do Picanto. O que demonstra um melhor trabalho da Volkswagen no isolamento do habitáculo de motor e da cabine do Fox.
Claro, tudo depende da forma de condução. O Fox Bluemotion e seu motor menor pressupõem um uso mais tranquilo, dentro do ambiente urbano, com mais trocas de marchas e melhor aproveitamento dos giros do motor. Na estrada, é necessário escolher entre ritmo comedido (com máximas de 90/100 km/h) ou marchas mais baixas e giros mais altos, na casa de 4.000 rpm (e nem assim o ruído incomoda).
Como a troca de marchas tem papel fundamental no desempenho deste tipo de carro, é de se elogiar o uso do já conhecido câmbio da Volks, com seus engates precisos, vantagem inegável sobre a concorrência. Mas a mão da empresa alemã também pesa no restante da cabine e você verá o mesmo visual engessado de sempre -- só a cor do tecido dos bancos muda (para combinar com o "movimento azul" do nome).
Há também a chatice já anacrônica dos pacotes de itens opcionais. Você quer um carro bacana, mas acaba tendo de lidar com um quebra-cabeças. Vamos tentar? Quatro portas, luzes de neblina, máscara negra nos faróis, retrovisores e vidros elétricos, sistema de som bacana e sensor de ré para evitar aquelas batidinhas chatas nas vagas diminutas. Felizmente (por força da lei) airbag duplo frontal e freios com ABS são itens de série, garantindo pelo menos a segurança, já que todos os outros componentes citados são pagos por fora em diferentes kits. Para encurtar a história, o Fox Bluemontion azul Boreal testado por UOL Carros e que participa das fotos desta reportagem custaria 32% mais caro que o modelo básico: R$ 43.013.
Nesta farra de cifrões, entra até um item que deveria ser padrão da série "eco-certa" da Volks, como já dissemos no teste do Gol Bluemotion: o computador de bordo com sistema I-Trend Bluemotion (R$ 1.883 junto com som, itens de estilo e volante multifuncional) dá dicas no painel para que o motorista dirija com mais eficiência.

QUANTO FAZ
Também superou nossa marca com o Gol Bluemotion (13 km/l na cidade, 18,5 km/l na estrada com seu motor "comum"). E, comparando com o HB20 1.0 também foi melhor: nossa abordagem mais favorável com o modelo da Hyundai nos levou um pouco além dos 12 km/l de gasolina.
Mas usamos o termo "melhor" aqui por não ter sido a única média encontrada. É que o computador de bordo do Fox zera o cálculo a cada partida. Falha menor de um projeto que ainda vai fazer mudar gente rever conceitos.   

UM DE QUATRO, DOIS DE TRÊS

quinta-feira, 25 de julho de 2013

VW Taigun chega em 2016 - e nós já andamos

SUV será fabricado no Brasil e será menor e mais barato que o EcoSport



A versão definitiva do Taigun será lançada no começo de 2016. Produzida sobre a base do Up!, o "Mini Tiguan" deve ser vendido na Europa por cerca de 15 mil euros e o lançamento no Brasil deve acontecer na mesma época - e seu preço ficará abaixo do Ford EcoSport.
Especulações na Europa apontam para um valor bem parecido. De acordo com reportagem da revista alemã Auto Motor und Sport, o modelo será vendido por 16 mil euros.

O protótipo do Taigun foi apresentado mundialmente no último Salão do Automóvel de São Paulo, realizado entre outubro e novembro de 2012. É bem provável que o carro utilize o motor 1.0 de três cilindros com 12 válvulas, que entrega 110 cv com auxílio do turbocompressor.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

De olho nas borrachas para evitar infiltração

Não é preciso encarar locais alagados para entrar água no carro. Basta falta de cuidado com borrachas de porta, por exemplo, para o habitáculo ser “invadido”. Especialmente se o carro estiver parado em um local ruim, como rente à uma guia em descida.

Segundo o analista técnico do CESVI (Centro de Experimentação e Segurança Viária), Gerson Burin, a qualidade das borrachas de portas dos veículos – chamada de guarnição – varia bastante. “Somente a espessura das guarnições não determina a qualidade de vedação das portas. De maneira geral, modelos off-road e picapes são feitos para suportar melhor o ataque tanto de água, como de terra e resíduos”.

Limpeza simples
Segundo Burin, a melhor maneira de limpar as guarnições de portas é passando um pano umedecido em água. Se estiver muito sujo, deve-se usar detergente neutro. O uso de silicone líquido pode até proteger a borracha a longo prazo, mas acaba por impregnar mais resíduos.
Não há um tempo de vida pré-determinado para as guarnições. Assim como demais borrachas, elas sofrem com tempo de uso e calor excessivo. Por isso, podem até encolher de tamanho e a vedação fica insuficiente. Borrachas com ondulações e deformações também deixam a água e resíduos adentrarem o habitáculo.

Nestes casos, o ideal é trocar as guarnições em concessionária ou oficinas especializadas em borrachas e pára-brisas. E por falar no grande vidro dianteiro, este é outro local em que pode haver infiltração. “Quando você compra um carro usado, por exemplo, não sabe se o pára-brisa foi trocado. Atualmente colados na carroceria, devem ter o serviço de reposição bem executado. Do contrário, a água tende a escorrer aos poucos pelo painel do carro”, diz o técnico.
Outros locais que valem checagem visual são os selos da parede corta-fogo do motor, locais por onde passa o cabo de embreagem e chicotes. “Estes selos não foram feitos para resistir a uma enxurrada. Se estiverem rasgados ou em mau-estado, são locais a serem checados/trocados”. E Burin completa: “Abaixo do assoalho dianteiro também há outros selos, que tapam os orifícios responsáveis pela saída de elementos químicos após a pintura na montadora. Embora sejam herméticos, podem ter se soltado ou deformado. Estes sim, podem ser grandes causadores de entrada de água”, completa.
Carros com teto-solar também podem sofrer com infiltração, muitas vezes por falta de hidratação do tecido que veda e circunda a “janela superior”. O cuidado deve ser feito usando vaselina específica, encontrada em lojas que trabalham com tetos-solares.
Por fim, deve-se regular o fechamento das portas – em especial nos carros usados. Trata-se de algo simples: é feito por parafusos de borracha com rosca, que dão mais ou menos pressão na hora de fechar uma porta ou a tampa traseira.
Pode parecer besteira, mas após encarar uma bela enxurrada tropical, estes pequenos cuidados (e gastos) parecerão muito maiores e mais importantes!

Fonte: revistaautoesporte - acesse aqui.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Fox de 3 cilindros é ágil e eficiente


Mais que um novo motor, o Volkswagen Fox 1.0 Bluemotion inaugura um segmento de carros compactos com soluções técnicas voltadas exclusivamente para economizar combustível – e consequentemente diminuir emissões de poluentes. O modelo, que parte de R$ 32.590, traz como novidade o motor 1.0 flexível de três cilindros, que deverá passar a integrar o restante da linha aos poucos, dependendo de sua receptividade no Fox.
O propulsor já chega com a vantagem de ser o mais potente 1.0 do mercado brasileiro, ao gerar até 82 cv e 10,4 mkgf. E segundo a Volkswagen, a versão equipada com ele apresenta economia de combustível de 17% ante as opções do Fox com o 1.0 quatro-cilindros.
A redução de consumo é fruto de trabalho de engenharia em várias partes d o carro, não só no motor. Na carroceria, foram alterados grade, defletor na tampa do porta-malas e caixas de rodas. Além disso, o carro tem pneus “verdes”, de medida 175/70 R14 e com baixa resistência ao rolamento – é mais duro e traz muita sílica, material que se deteriora mais rápido, mas gera menos consumo.
A Volkswagen também passa a utilizar no Fox Bluemotion um pré aquecedor de etanol que já deixa o combustível pronto para uso quando se aperta o botão do alarme para entrar no carro. Após isso é só acionar a embreagem e esperar a luz-espia de aquecimento no painel se apagar para dar a partida. Esse sistema elimina o tanque de partida a frio.
O motor tem diversas especificações interessantes. Entre elas está a capacidade de gerar o torque máximo a 3 mil rpm, enquanto seu principal concorrente de três cilindros, da Hyundai, só o faz aos 4.600 rpm. Com bloco e cabeçote de alumínio, ele é 24 quilos mais leve que o quatro-cilindros. Novas bielas guiadas pelo virabrequim e mancais mais leves e menos contrapesos ajudaram a reduzir a massa total desse propulsor.
Rodando, o motor é um pouco desequilibrado – por ter três cilindros. Vibra mais e é mais áspero que os quatro-cilindros, o que aumenta o ruído interno. Para reduzir esse efeito, a VW instalou um ressonador que elimina os picos de barulho. Há também um duplo circuito de arrefecimento, que permite aumentar a temperatura do bloco sem superaquecer o propulsor. Com isso, a viscosidade do óleo aumenta e o atrito entre as partes metálicas é reduzido.
O resultado desta salada mecânica é um 1.0 com comportamento de 1.4, com torque razoável em baixa rotação e capaz de atingir 120 km/h sem esforço. Apesar do trabalho da Volkswagen para diminuir vibração e ruído, eles existem, mas em menor proporção que no três-cilindros da Hyundai. O já conhecido câmbio MQ200, manual de cinco marchas, trabalha muito bem e ajuda o motor na hora de buscar uma retomada mais forte. Destaca-se também pela precisão. Trabalho bem feito da Volkswagen com esse propulsor, que receberá turbo para estrear no Taigun em 2015.

Fonte: Jornal Estadão

terça-feira, 2 de julho de 2013

Tem histórias com a Kombi?

Perua deverá sair de linha com a obrigatoriedade do Airbag.
Programa Auto Esporte faz homenagem ao modelo.

Do G1, em São Paulo

Kombi deverá deixar de ser vendida neste ano no Brasil devido à exigência do airbag nos carros novos, a partir de 2014. Não há como colocar o dispositivo no modelo e a Volkswagen ainda estuda quem será a sucessora da perua que ainda faz sucesso no país.
Neste domingo (16), o programa AutoEsporte exibiu uma reportagem em homenagem à Kombi, com histórias de pessoas que usam a perua, outras que transformaram o veículo e quais utilitários que estão ocupando este segmento.


Textos e imagens foram publicados no site: Globo.com - acesse aqui.