A
Volkswagen precisa fazer um único movimento, uma só mexida, para fazer do
sucessor do New Beetle, de 1998, um sucesso: aposentar de vez o vazinho de
flores existente ao lado do volante. Mas os engenheiros e designers alemães
foram além e enterraram de vez o "flower power". O novo Fusca retoma
não apenas o apelido, mas também o estilo do Volkswagen original (o que chegou
ao Brasil nos anos 1950), combinados a uma mecânica atual, a mesma do Jetta
TSI, tudo na medida para agradar não apenas os machos, nem só as patricinhas,
mas a todo tipo de público.
A
retomada do nome original -- que é oficial, está no documento do carro: VW
Fusca 2.0 -- trouxe também o carisma do modelo original a reboque. Assim, o
novo Fusca cansou de ser apresentado ao público: primeiro em setembro, com
Neymar e um time inteiro de celebridades de primeira e segunda divisão, loucos
para aparecer mais que o carro (relembre
aqui);
depois no Salão do
Automóvel de São Paulo, em outubro, quando ganhou etiquetas de preço e uma ala
inteira no estande da Volks para si -- embora tenha sido ofuscado pelos
pequenos Up e Taigun (aqui); e, por fim, há duas
semanas, junto com o novo Volkswagen CC (ex-Passat CC) e Tiguan R-Line,
formando o trio de modelos matadores da linha premium da marca (saiba
mais sobre este evento e sobre como o cupê de quatro portas anda, aqui).
O
novo Fusca teria só dois preços oficiais, um para o carro com câmbio manual e
outro para o automático, mas a Volkswagen mantém sua velha e habitual política
de pacotes e assim os valores são os que seguem:
+
Fusca 2.0 TSI: R$ 76.600
A base mecânica traz motor de 2 litros, sobrealimentado por turbo e com injeção direta de gasolina, gerando 200 cavalos de potência (a 5.100 rotações) e torque de 28,55 kgfm de torque (em precoces 1.700 giros), câmbio manual de seis marchas e suspensão McPherson na dianteira e Multilink na traseira.
A base mecânica traz motor de 2 litros, sobrealimentado por turbo e com injeção direta de gasolina, gerando 200 cavalos de potência (a 5.100 rotações) e torque de 28,55 kgfm de torque (em precoces 1.700 giros), câmbio manual de seis marchas e suspensão McPherson na dianteira e Multilink na traseira.
Já
a lista de equipamentos de série é generosa traz rodas Spin de 17 polegadas e
pinças de freio pintadas de vermelho; direção elétrica; ar; retrovisores
elétricos; spoiler traseiro bicolor; pedaleiras e ponteira de escape dupla
cromadas; computador de bordo; relógios sobre o painel central (temperatura do
óleo, cronômetro e pressão do turbo); sistema de som com tele sensível ao
toque, CD changer, telefonia por Bluetooth e oito falantes; revestimento
mesclado para bancos e de couro para o volante; iluminação das portas (branco,
azul e vermelho).
Na
segurança, faróis de neblina; sensores de estacionamento dianteiros e
traseiros; controle de cruzeiro; airbags duplos frontais e laterais;
freios com ABS (antitravamento), ASR (controle de tração), ESC (controle de
estabilidade), assistente para aclives e XDS (bloqueio eletrônico do
diferencial).
+
Fusca 2.0 TSI DSG: R$ 80.990
O mesmo equipamento, mas comandado pela caixa automatizada de dupla embreagem (DSG) de seis marchas.
O mesmo equipamento, mas comandado pela caixa automatizada de dupla embreagem (DSG) de seis marchas.
+
Fusca completo, utilizado na avaliação: R$ 102.271
O pacote DSG acrescido dos seguintes pacotes opcionais (nomes em negrito): tecnológico (R$ 2.850) para trocas manuais feitas em borboletas atrás do volante, ar condicionado digital de duas zonas, luzes de leitura dianteiras, retrovisor interno antiofuscante e limpadores de para-brisa automáticos; teto solar elétrico (R$ 2.900); rádio RNS315 (R$ 2.325) com navegador por GPS; kessy (R$ 1.656) para abertura/travamento das portas e partida do motor no botão, sem uso da chave; faróis bi-xênon (R$ 3.680) com 15 LEDs; bancos de couro Vienna (R$ 4.190), sendo os dianteiros com perfil esportivo, com ; rodas Twister (R$ 2.050) de liga leve e 18 polegadas; e som Fender (R$ 1.630) com dez canais, 400 W, subwoofer e conexão USB.
O pacote DSG acrescido dos seguintes pacotes opcionais (nomes em negrito): tecnológico (R$ 2.850) para trocas manuais feitas em borboletas atrás do volante, ar condicionado digital de duas zonas, luzes de leitura dianteiras, retrovisor interno antiofuscante e limpadores de para-brisa automáticos; teto solar elétrico (R$ 2.900); rádio RNS315 (R$ 2.325) com navegador por GPS; kessy (R$ 1.656) para abertura/travamento das portas e partida do motor no botão, sem uso da chave; faróis bi-xênon (R$ 3.680) com 15 LEDs; bancos de couro Vienna (R$ 4.190), sendo os dianteiros com perfil esportivo, com ; rodas Twister (R$ 2.050) de liga leve e 18 polegadas; e som Fender (R$ 1.630) com dez canais, 400 W, subwoofer e conexão USB.
Fica
impossível dizer que um carro de R$ 102 mil é barato ou justificado, não é.
Mas um modelo esportivo, com 200 cavalos de potência, câmbio de seis marchas e
equipamento para fazer curvas em tocada forte, mas com segurança (o bloqueio de
diferencial dosa os freios para que evitar que as rodas no lado interno da
curva deslizem em falso) a R$ 77 mil pode começar a abalar alguns paradigmas de
um mercado onde carros de três portas e 122 cavalos (não declarados) são
vendidos como esportivos por mais de R$ 80 mil.
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