Quem gosta de carro não pode deixar de visitar Wolfsburg, a
cidade da Volkswagen.
Em uma viagem de aproximadamente 360 quilômetros a partir de
Frankfurt, está localizada uma das fábricas mais modernas da Volkswagen,
automatizada com 1.600 robôs. É uma joia que merece uma visita: o Museu da
Volkswagen, em Wolfsburg. "Um dos lugares que você deve ir antes de morrer",
parafraseando um livro. Inaugurado em 1985 e reformado em 2001 e em 2007, o Museu
possui 130 modelos espalhados em 5.000 metros quadrados que reproduzem não só a
história da indústria automotiva, mas a forma como os alemães enxergavam a
mobilidade humana durante e no pós-guerra, sempre sob a ótica da marca
Volkswagen.
Mas o Fusca é a grande estrela. Uma coleção com mais de 20
já vale a visita. A produção em série do simpático carrinho teve início em
dezembro de 1945 e lá tem um exemplar daquele ano, um dos mais fotografados
pelos turistas. Sinônimo de carro do povo, o Fusca está diretamente ligado à
história da Alemanha. Diversos tipos e versões raras situam o visitante em uma
linha do tempo que vai de 1945 a 2003, período em que foram produzidas 21
milhões de unidades do popular. Dividindo as atenções com o modelo mais produzido no mundo,
o de 1972, e o que foi desenvolvido em homenagem aos 50 anos do carrinho, está
um exemplar brasileiro de 1986, equipado com um motor de 54 cv de potência. O
último produzido no Brasil, a pedido do então presidente Itamar Franco também
está lá.
Com a expansão da economia alemã e o maior poder aquisitivo
da população, entram em cena os carros maiores, com espaço para mais
passageiros e bagagem, mas ainda com motores traseiros, seguindo a disposição
mecânica do Fusca. A partir daí, o visitante entra em uma nova ala do museu. No
total, são cinco, incluindo a trajetória do Fusca, do Golf, dos veículos
refrigerados a ar, da Kombi e dos protótipos dos anos 80 e 90.
Para fazer babar os brasileiros, lá estão unidades do Puma e
do SP2, ano 1973, esses só fabricados no Brasil. Senti falta de uma Brasília.
A poucos minutos do museu, um enorme parque idealizado pelo
grupo Volkswagen faz com que o visitante faça uma viagem do passado ao futuro.
Baseado no tema mobilidade, o Autostadt possui diversos pavilhões, que incluem
museus, exposições de artes, restaurantes, lojas e as famosas torres que
abrigam carros que saem da fábrica e que são vendidos aos consumidores. É um
complexo dedicado ao mundo do automóvel.
Uma das áreas que vale a pena visitar é o restante do museu,
que traz de "brinde" modelos de outras marcas, como Ford, Cadillac,
Chevrolet, Bugatti do início do século passado. A diversão vai deixar a criançada extasiada. Isso porque
existe um minicircuito para que os pequenos aprendam as leis de trânsito e
tirem uma carteira de habilitação fictícia. Os jovens podem aprender sobre
tecnologia e sustentabilidade, sempre relacionado à mobilidade humana. E,
claro, uma lojinha para levar "souvenirs" para o Brasil.
Visão diferente
A diversidade da Autostadt reflete a visão aberta da
multinacional Volkswagen e a responsabilidade social da empresa, visando o
homem, a cultura e a sociedade. Por isso, tanto os amantes da arte quanto os
admiradores da técnica, das produções multimídia ou simplesmente os que
procuram tranquilidade encontrarão lá uma fonte de inspiração. A Autostadt
mostra também a filosofia seguida pela marca.
Mais informações
Para chegar a Wolfsburg, consulte companhia aérea que faça
voos de São Paulo a Frankfurt. Depois vá de trem, carro ou ônibus. Site:
automuseum.volkswagen.de
Fonte: Diário do Nordeste - André Marinho